Nascido de um conceito de organização social, em que o mais fraco se aliava ao mais forte para sobreviver, ao longo da história, o objeto aliança se consolidou como sinônimo de confiança e união, especialmente entre os que se amam.
Originário do latim alligáre (ligar a algo), o termo aliança com o significado como conhecemos hoje teria surgido no século XV, no sul da França, envolto no amor romântico que dominava a época. Mas suas origens são muito mais remotas.
Os faraós do Egito foram os primeiros a usar o círculo sem começo nem fim, como um símbolo de eternidade, cuja adoção foi analogicamente feita nas cerimônias de casamento. Surgiu também na Grécia a crença que um imã podia unir corações e, como acreditavam que o dedo anular esquerdo possuia a veia que leva direto ao coração (vena amoris, ou seja, "veia do amor"), começaram a usar um anel de ferro.
Mas usar uma aliança como promessa pública de honrar um contrato de casamento não se tornou comum até a época romana. Já as alianças de ouro com pedras preciosas tornaram-se moda na época Medieval. As mais populares eram simbólicas: o rubi (vermelho) era a cor do coração; a safira azul refletia o céu. Mas a mais apreciadae poderosa pedra sem foi o "indestrutível" diamante.
O uso da aliança nos dias de hoje é uma constante em diversas culturas, mas o modo com que se usa este anel difere entre os povos e religiões.
Na Idade Média a aliança era tida como um certificado de propriedade da noiva, ou de compra da noiva, indicando que ela não estava mais apta a outros pretendentes. A partir do século IX a igreja cristã adotou a aliança como um símbolo de união e fidelidade entre casais cristãs.
Até o século XIII não havia aliança de noivado ou compromisso, só a oficial. O Papa Inocente III declarou que deveria haver um período de espera a ser observado entre o pedido de casamento e a realização da cerimônia matrimonial, para ver se os noivos tinham realmente afinidade (e se não tivessem, para criá-la). Com ele veio a função dessa aliança. O primeiro anel de noivado de que se tem notícia foi dado por Maximiliano I, rei da Alemanha, à Maria de Burgundy, em 1477.
Foi só em 1549, no Livro de Orações Comuns, que foi designada a mão esquerda como "mão do casamento", uma tradição reconhecida até hoje em todo o mundo.
No casamento ortodoxo, as alianças, após abençoadas, são colocadas nos dedos dos noivos pelo próprio sacerdote.
Nenhum comentário:
Postar um comentário